sexta-feira, 21 de agosto de 2009

ARDORES



Às vezes me pego relembrando ,
Uma cabana , o chão batido , telhado de sonhos;
Nossos momentos desencantados
De insanidade em véus de mil carinhos .

Fui feliz em estranho bordado de exaustão ;
Vivia em ti , sentia seu calor .
Provei do seu néctar de emoção
Em voo rasante de puro amor .

Em metamorfose de mim
Não me reconheci
Transbordei em toalha de marfim
Busquei outro caminhar , vivi !

Meu anjo negro , minha euforia sexual
Em arrebatimento íntimo de prazeres
Varreu seus ardores sem igual

Esse é o trem da minha vida
Estacionado num querer profano e doce
Perdida num masoquismo de estrada .



Ana Maria Marques.

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