sábado, 22 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
ATRIZ

Entre as quatros paredes ,
a luz da cena se abre.
Sou tua atriz coadjuvante ,
em lindo palco ,
de ninho de amor .
Em prévias libertinagens ,
você me abocanha no primeiro ato,
Machuca meus desejos , me deixa
louca e aturdida em alvoroço de gozo.
Perco-me entre murmúrios ,
num desaguar de mistério no
desfecho da cortina .
Ana Maria Marques .
SER O "SER" POETA

Minhas mãos adestradas ,
Não param de tecer meus sentires
em palavras .
Minha imaginação cria , recria..
Nasce em mim ,
um ser operário no descontrole
do lápis que detém minha infelicidade.
Viro a página da minha vida ,
Desteço minhas lamentações...
Me renovo dia a dia em
vigor ,
Sou outra ...Ana !
aquieto-me em paz interior , desfiando
novas palavras , novos dizeres ,
Em um sentir ,
De ser um ser poeta .
Ana Maria Marques.
DOR DE UMA SAUDADE

A dor de minha saudade ,
Se esconde na caixinha do meu
coração.
Ela permanece em todos os lugares
da minha casa.
Intrusa , entremeada na minha
pele .
Não é mais falta !
Ela me vira às avessas ,
tirando o sumo da ausência ,
companheira constante que se
instalou por inteira.
Fez da minha vida ,
um redemoinho de reles
ilusões.
Ana Maria Marques .
ARDORES

Às vezes me pego relembrando ,
Uma cabana , o chão batido , telhado de sonhos;
Nossos momentos desencantados
De insanidade em véus de mil carinhos .
Fui feliz em estranho bordado de exaustão ;
Vivia em ti , sentia seu calor .
Provei do seu néctar de emoção
Em voo rasante de puro amor .
Em metamorfose de mim
Não me reconheci
Transbordei em toalha de marfim
Busquei outro caminhar , vivi !
Meu anjo negro , minha euforia sexual
Em arrebatimento íntimo de prazeres
Varreu seus ardores sem igual
Esse é o trem da minha vida
Estacionado num querer profano e doce
Perdida num masoquismo de estrada .
Ana Maria Marques.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
MEMÓRIA SEM TEMPO

Caminhando lento
Sob um sol escaldante ,
Vem seu camaleão :
Faminto , fraco e desanimado .
Vai e vem , entre galhos retorcidos..
Cadáveres de animais ao chão .
Essa é a paisagem mórbida ,
Do meu sertão ,
Fotografia da fome ,
Da desigualdade entre caça
e predador .
Tudo se espia , memória
sem tempo ........
Desse buscar de esperança ,
Ao novo
Nascer do sol !
Ana Maria Marques
PAPEL

PAPEL
Desejo-o , como sente fome e sede .
É o meu acalanto compreensível ,
meu guardador de sentimentos .
Minha fantasia ... amigo fiel que
apóia calado , sem disfarces , sem
reclamar.
Você é o socorro da minha fraqueza.
Em minhas mãos , companheiro de
todas as horas .
Coadjuvante necessário , faz arder
meus amores e desamores
Em um amanhã desejado .
Ana Maria Marques
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